domingo, 13 de setembro de 2020

infancia perdida

Minha infancia foi de muito trabalho. Resumindo meu pai nao era bom provedor. Dai eu tinha q pegar esterco de cavalos e vacas pra vender pra donas colocarem no jardim. Ganhava um dinheirinho engraxando sapatos de motoristas de ônibus. Fiz munha própria caixa de engraxate. Tinha orgulho de trazer dinheiro pra casa pra minha mãe comprar comida. Minha mãe era paralítica das duas pernas. Mas andava com muleta. Vivia cantando. O ser mais maravilhoso e acolhedor q eu conheci nesta encarnação.ela passou por esse mundo como a luz do sol. Dando esperança e vida onde colocava os olhos. As vezes ela me fazia ainda pequeno ser o q sou hoje . Um vendedor de sonhos. Ela fazia sonhos de padaria e colocava numa bandeja pra eu ir vender. Hj como bibliotecario e livreiro o que sou senão  um vendedor de sonhos? Gosto de levar pessoas como você que esta lendo isso a lugares. Vou leva lo então direto pra minha infância. Zasss chegamos. Pense numa casa pobresinha mas aconchegante pela boa energia.pode entrar na minha casa. Vc é bem vindo(a) aqui. Venha. Sente se à minha mesa. Desculpe as paredes rebocadas com areia vermelha de rio e com algumas falhas no reboque. É uma casa pobre mas limpa. Minha mae tem mãos de fada para cozinhar, um coração do tamanho do mundo pra receber pessoas. Se eu te contar algumas coisas que ela faz voce vai custar a acreditar. Sente se aqui a mesa comigo. Logo ela vira com um café maravilhoso e bolinhos de chuva. Oi filho! Trouxe uma amiguinha pra me conhecer? E o cheiro maravilhoso do cafe com bolinho de chuva canelado invade nossos narizes. Ela te abraça como se vc fosse da familia. Muito prazer em te ver menina(o). Que bom ter voce aqui na minha casa. Hoje só tenho café com bolinhos de chuva pra te oferecer. Mas volte sempre. Amanha se vier faço um bolo. Dai ela me abraça com aquele abraço acolhedor do tamanho do mundo. Tenho q te contar uma coisa. Tenho uma irmã pequena q tem sindrome de down. Tenho 6 anos e ela tem 2. Minha mãe ja me acha um homem grande. E eu ajo assim. Ela. Todas as quartas feiras. Amarra minha irma em minhas costas. Sabe, ela aprendeu fazer essa trouxinha nas costas com japonesas em uma colonia japonesa em q morou. Dai ela amarra minha irma nas minhas costas pra eu levar ela no postinho de saude. Dai hj vc pode vir comigo. Eu te ensino o caminho. É ali ó. Pela beira daquele riosinho. Vamos descer ate aquele trilho ja terminou de comer? Gostou do bolinho de chuva? . Ela nao pode ir com a gente porque anda só com muletas. Mas eu nos meus 6 anos. Ja sou um homem. Eu te guio. Mas tenha cuidado. Nao é um caminho facil. Tem que pular uns brejinhos de vez em quando. E com cuidado pra nao derrubar a nenezinha amarrada nas minhas costas. Vamos a frente. Olha aquela pinguela. Um tronco de arvore que colocaram ali pra atravessarmos o rio. Vamos subir por aqui. Logo chegamos na igreja catolica onde fica o postinho. Você vai ver a festa que fazem quando eu chego com minha irmanzinha bebê nas costas. Vamos virar a direita. Sobe essa escadinha. O postinho é logo ali. Ao chegarmos perto do posto vc vai ouvir logo um vozerio. Nao se assuste. - olha. É ele!. O menino que traz a irmanzinha no posto! De dentro da igreja saem duas freiras de roupa cinza em nossa direção. Oi garotão, elas dizem, hoje você veio acompanhado dessa leitora. E aqui esta voce denovo com sua irmanzinha nas costas. Parabéns homenzinho. Vou desamarra la diz uma delas. Os médicos vão examina la e te dar o leite pra vc levar pra ela tomar. Dai desembrulham ela. Examinam, dão um remedinho pra ela tomar e duas latas de leite em pó pra eu levar pra casa. Hj amiguinha(o) vc leva as latas ta? Assim me equilibro mellhor pra não derrubar minha irmazinha. As freiras amarram novamente a bebê nas minhas costas. E perguntam: como vai sua mãe homenzinho? -Vai bem sim senhora. Eu respondo. Tchau, eu e minha compania ja vamos de volta pra casa.
Tchau pequeno. Vai com cuidado. Dai voltamos pra beira do rio. E andamos pelo trilho até minha casa. Subimos a rampa e novamente estamos em casa. Minha mae vem ate a beirada do rio nos receber. E feliz nos abraça. Sei. O texto foi cumprido e vc precisa ir embora né amiguinha ( o )? Volte outro dia leitor( a) . Minha mae faz um bolo de laranja delicioso. Obrigado por sua compania e até a proxima visita. Podemos brincar de jogar bolinhas de gude ou pedrinhas no rio se vc voltar. Obrigado pela visita. Se v gostou nao deixe de comentar. Desculpe erros de digitação.

sábado, 11 de abril de 2020

Memórias

Eu adoro escrever. Sabe, eu, quando era office boy no ipt. Instituto de pesquisas tecnologicas eu andava entre os prédios do ipt lendo, srmpre lendo e andando levando as correspondencias. Até q algo começou a me incomodar por dentro. Parecia um pus na alma que tinha que sair por algum canal. Então resolvi  escrever andando ao invés de ler andando.a letra saia horrivel mas dava pra ler. Fiz um tipo de um diário com capa de papelão e as folhas dobradas de sulfite. Era um caderno pequeno que podia ser facilmente gusrdado no bolso e manuseado enquanto eu andava e escrevia. Não me lembro do que eu escrevia ali. Mas foi o alívio do que me incomodava. Eu infelizmente perdi esse caderninho nas mudanças. Quando fui pra Inglaterra deixei muita coisa pra trás. Até a máquina de costura da minha mãe costureira. Depois de muito tempo eu a recuperei porque uma tia que a guardou me deu de volta a singer que minha mãe usava na época em que não havia lojas de roupas e que se comprava cortes de pano pra fazer calças bocas de sino e vestidos. Mas o que me veio á memoria foi que antes de minha mae voltar ao lar espiritual e rencontrar amigos e parentes la, eu sugeri que ela escrevesse suas memórias. E ela o fez. Imagine o que podia contar uma pessoa como ela que teve polio aos 2 anos de idade e apesar de tudo, conquistou ter um lar com 4 filhos e marido. Hoje guardo com carinho as memórias que ela escreveu com a letra dela. Eu creio que você tem muitas memórias do tempo que já experienciou por aqui e seria de muita valia se deixasse o máximo que pudesse registrado pra quem como eu, gosta de embarcar em histórias e causos. O bom de vc escrever é que pode levar o tempo que for preciso par contar os detalhes que levam a imaginação dos leitores a viver um pouco da sua história na imaginação.